Será possível pensar em bem-estar de animais de produção quando o mundo enfrenta uma necessidade sem precedentes de aumento na produção de alimentos? Como ofereceremos mais espaço para cada ave, suíno, bovino e até peixe, para aumentar seu bem- estar e evitar o sofrimento de uma vida confinada ao extremo? Por que em tantos países é crescente o segmento da sociedade que demanda por respeito aos animais? E porque mais de 25 cientistas, em sua maioria eminentes neurologistas, reuniram-se em Cambridge, Reino Unido, no dia 07 de jullho de 2012, para publicar a Declaração de Cambridge sobre a Consciência em Animais Humanos e Não Humanos? Por que advogados, no Brasil e no mundo, começam a sugerir que animais sejam sujeitos de direito? Será que a forma como percebemos os sentimentos nos animais é confiável e merece toda esta atenção? O que pensar sobre ativistas arrombando laboratórios para libertar os animais usados em experimentação? E a criação de animais transgênicos, como interfere no bem-estar dos animais envolvidos? O que devemos fazer com os cães que estão nas ruas? O que nossas ações causam, direta e indiretamente, aos animais selvagens? Considerando o peso de tais perguntas e, principalmente, as consequências das suas respostas, parece pertinente o interesse de médicos veterinários e zootecnistas pelo conhecimento científico sobre bem-estar animal.
Palestras:
John Webster – Bioethics, Sustainability and Farm Animal Welfare
Claus Kobrich Gruebler – Iniciativas conduzidas na America Latina para promover o bem-estar animal
Ronaldo Lopes Oliveira – Inserção do bem-estar animal no curriculo de Zootecnia