O Programa Cão Comunitário surgiu para melhorar o bem-estar animal dos cães de rua e para contribuir com a saúde pública, por meio de  eficazes e éticas para o manejo populacional de cães urbanos. Saiba mais sobre o início, o histórico de controle da raiva, o Programa Cão Comunitário e o manejo populacional  de cães.

Início

Na década de 60, se acreditava que a matança de animais era a solução para o controle da raiva e da população canina. Hoje, se sabe que esse método, além de ter problemas éticos, é ineficiente.  

• Paulada;
• Afogamento;
• Tiros;
• Câmaras de gás
• Câmara de vácuo;
• Choque elétrico;
• Envenenamento.

Esses métodos são imorais, ineficazes, inaceitáveis e ilegais.

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Controle de Raiva

  A transmissão da raiva para o ser humano pode estar associada aos cães, principalmente pela convivência muito próxima do cachorro e pela capacidade que o animal tem de morder. Hoje, devido ao avanço do conhecimento, o controle da raiva está mais associado com o controle da imunidade dos cães do que com a remoção dos cães na rua. Tanto o controle da imunidade quanto o da população canina podem ter impactos positivos. Mas a tentativa de controle populacional por meio da matança é ineficiente e pode aumentar o risco de doenças porque aumenta o fluxo da população. A melhor conduta é promover o bem-estar dos cães de rua diminuindo a incidência de doenças. Nesse contexto, surgiu o Programa do Cão Comunitário.

Programa Cão Comunitário

O foco do Programa é o cuidado dos animais enquanto eles estão nas ruas. Isso se deve à realidade de que existem mais cães do que lares para mantê-los em guarda responsável. A proporção média de cães na sociedade brasileira é de 1 cão a cada 4 pessoas (veja o simulador de população canina e guarda responsável). Quanto mais cuidado dado a esses cães, menor a probabilidade de adquirirem e transmitirem doenças. A castração impede que nasçam mais filhotes, interrompendo o ciclo de nascimento de cães nas ruas e trazendo benefícios para os animais e para a sociedade.  

Manejo Populacional de Cães

O comportamento territorial dos cães comunitários diminui as chances de outros cães se moverem para a área. Assim, a presença dos cães comunitários vacinados e castrados funciona como barreira sanitária e reprodutiva. A proposta é pegar, castrar e soltar no local onde os cães se encontravam quando não houver um lar responsável para recebê-los. Auxiliar os cuidadores a alimentar os cães comunitários deve ser encorajado. Isso faz com que os cães fiquem bem alimentados, se desloquem menos, diminuindo a transmissão de doenças. Diminuindo as taxas de nascimento, mortalidade e migração de cães, é possível aumentar a expectativa e a qualidade de vida para benefício dos cães e dos seres humanos.